O Leão Holandês foi originalmente construído em 1910, como uma escuna de 2 mastros, em Groningen, cidade do norte da Holanda. À época, foi utilizado no transporte de madeira entre a Alemanha e a Escandinávia, por um skipper alemão — o capitão Dehde. O primeiro nome do veleiro foi Amalie.
Em 1923, o Amalie foi levado para a Alemanha, onde foram-lhe acrescentados 6 metros aos 33 então existentes, e passando a velejar com 3 mastros. Até 1975, a escuna navegou sob bandeira alemã ou dinamarquesa, tendo nessa data sido vendida ao seu primeiro dono holandês, que inicia o estudo da sua história e descobre os desenhos originais da embarcação. A partir daí, o veleiro é remodelado de acordo com as linhas que apresentava há cerca de meio século atrás.
O veleiro foi rebatizado com o nome de Sepha Vollaars, e entre 1979 e 1983 fez viagens comerciais na Holanda. Vendido em 1983, o seu destino foi o Tahiti, tendo um novo dono, desta vez um suíço. Volvidos dezoito meses, estava de regresso à Europa, mas já sem muita da sua beleza original.
Foi então que os seus atuais donos o encontraram à venda num estaleiro, na Bélgica. Trouxeram a embarcação para Portugal e batizaram-na de Leão Holandês. Anos depois, em 1988, superadas as dificuldades de licenciamento, a velha escuna de três mastros voltou a cruzar as águas e a erguer as suas velas, agora sob bandeira portuguesa.